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1 de nov. de 2008

Conheça as cinco melhores mudanças introduzidas no novo Linux 2.6.27

Blogueiro Steven J. Vaughan-Nichols aponta as melhorias em armazenamento, gestão de memórias flash, entre outras mudanças.

Será realmente que alguém sabe o que vai ser melhor no Windows 7? Eu não sei e procuro tantas informações sobre Windows quanto sobre Linux. Com o Linux, por outro lado, nós sabemos exatamente o que vai mudar antes da nova versão.

No último kernel do Linux, vejo várias funções sensacionais que estão sendo desenvolvidas por muito tempo. O Linux 2.6.27 foi lançado no início de outubro. É um bom kernel com pelo menos cinco melhoras significativas.

Gestão do firmware
A primeira está na nova maneira de lidar com firmware de dispositivos. No melhor dos mundos, o firmware deveria ter compilado cada driver. Os usuários de Linux conhecem isso bem, especialmente por que vários aparelhos possuem firmware proprietário. No Linux 2.6.27, o firmware blobs (binary large object) agora tem uma casa no diretório novo ‘/lib/firmware’.

Com isso, fica muito mais fácil para todas as distribuições Linux lidarem com drivers proprietários de uma mesma maneira comum. Para os usuários, isso significa mais facilidade para usar esse tipo de dispositivos.

Suporte a webcams
O Linux 2.6.27 deu outro passo importante para suportar webcams. Além do suporte a webcam USB (que já estava no kernel 2.6.26), a versão adicionou o driver gspca (pacote genérico de software para adaptadores de câmeras, da sigla em inglês). Com isso, as novas distribuições Linux terão suporte para webcams construído ao redor da popular família de chips spca5x.

Acesso direto de memórias flash
Na talvez mais importante das mudanças, o Linux agora suporta acesso direto de aparelhos de storage que usam memória flash. Isso significa que dispositivos como drives USB ou os populares discos de estado sólido serão facilmente acessados. O Linux faz isso com o novo sistema de arquivo UBIFS.

Sistemas operacionais antigos, não apenas Linux, tratam drives flash como se fossem HDs comuns. Apesar de funcionar, essa estratégia não tira vantagem da maior velocidade do SSD. Em termos Linux, discos tradicionais são 'block devices', enquanto os flash drives são MTDs (Memory Technology Devices).

A diferenca fundamental é que os block devices, como o seu HD, são divididos em setores relativamente pequenos de 512 bytes, a 1024 bytes, assim sucessivamente. Já os MTDs usam 'eraseblocks' em vez de setores, com capacidade que começam a 128KB.

Agora, o UBIFS não faz muita diferença para os desktops em Linux e o desempenho dos servidores que usam sistema operacional em código aberto. Mas conforme os desenvolvedores de sistema operacional e de hardware começarem a permitir o acesso UBIFS aos dispositivos em flash, veremos um aumento impressionante no desempenho do flash e de SSD.

Melhora na gravação de dados
Uma melhora que vai chegar rápido aos usuários é a alocação tardia (conhecido também como allocate-on-flush) no sistema de arquivos Linux ext4. Esta técnica, que já tinha sido usada no controverso sistema de arquivos Reiser4, funciona ao não gravar os dados imediatamente no HD. Nas antigas rotinas de gravação de dados, o sistema perde tempo em alocar as estruturas do disco mesmo que nada seja gravado. Em sistemas com fontes de gravação múltipla, como um servidor de banco de dados, essa função faz grande diferença.

Agora, o ext4 também consegue lidar com HDs enormes. Quão grandes? Pense em 1024 petabytes por volume. Os mais poderosos supercomputadores de hoje lidam apenas com algumas dúzias de petabytes, no máximo. Acredito que veremos o ext4 na maior parte de servidores Linux de alto nível.

Mais facilidade na gestão de redes
O número cinco da lista é mais um pacote de melhorias do que uma mudança em particular. Com esta versão, o Linux adicionou suporte nativo para diversos dispositivos de rede como alguns da Atheros, Intel e Renesas. Combinado com isso, o netfilter - a fundação para firewall em Linux - melhorou bastante o suporte ao IPv6.

Conclusão
Nenhuma dessas mudanças é revolucionária como foi a KVM, infra-estrutura de virtualização do kernel do Linux, na versão 2.6.21. O KMV está gerando sistemas de virtualização completamente baseados em Linux e a Red Hat integrou os desenvolvimentos KVM em sua própria estratégia de virtualização.

De qualquer maneira, vejo melhorias em longo prazo no armazenamento, na gestão do firmware e da rede do Linux. Isso vai culminar em outras empresas optando pelo sistema operacional de código aberto rodando em servidores com as suas aplicações de missão crítica.

Lentamente, mas com garantia, podemos ver o Linux melhorar. E o Windows? Bem, eu não estou perdendo a minha respiração.