A Consumer Electronics Show (CES), maior feira de eletrônicos nos Unidos, será inaugurada esta semana em Las Vegas e mostrará como destaque TVs gigantes e ultrafinas e outros aparelhos inovadores, enquanto a indústria se prepara para uma recessão. Mesmo com a crise econômica a mostra - que normalmente é espetacular - terá algum brilho, ainda que alguns se perguntem se o negócio das feiras de alta tecnologia já deixou para trás seus dias de gloria. Em Las Vegas, os trabalhos estão adiantados para receber a feira e seus visitantes entre os dias 8 e 11 de janeiro.
No ano passado, cerca de 140 mil pessoas visitaram a mostra, que contava com 2,7 mil expositores. A organização do evento espera, nesta edição, o mesmo número de exibidores, mas em um espaço menor que o de 2008, e mais de 130 mil visitantes com base no número de pessoas que se registraram.
O registro foi gratuito até 31 de outubro (agora custa US$ 100) e algumas empresas que desejam economizar em passagens de avião e hotel decidiram não mandar pessoas, mesmo que já estivessem registradas. "Falo com empresas que mandam gente ao evento e estão enviando duas em vez de dez pessoas, esta não será nem sombra do que costumava ser a CES", diz James McQuivery, anlista da Forrester Research.
Jason Oxman, vice-presidente de assuntos industriais da Associação de Eletrônicos de Consumo, que organiza o evento, disse que muitas companhias pediram espaço em salas de reuniões em vez de reservar lugar no andar de exposições. Elas estão mais concentradas em reunir-se com consumidores e em fazer negócios do que em montar grandes estandes, disse Oxman.
A situação era de se esperar considerando-se o ambiente econômico mundial. "Entretanto, vemos a feira como um encontro relevante para a indústria e como uma plataforma para o lançamento de novos produtos", diz Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de produtos da LG nos Estados Unidos. A empresa vai apresentar 35 novos modelos de TV com tela LCD, entre outros produtos. Simultaneamente, a LG analisa quantos funcionários precisa enviar realmente, e Alessi espera que o número seja menor do que o do ano passado.